sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Dicas de Filmes


Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1I1cWByQB3-588ylg0BpNSvqO44bTNX9fLKLCvNp2Uul4Cz0KRWVrzVAkEtuFgMJ2Wj3Gx2b_ZMF4K3B-2bYFP1mX5irsc9FZbdgOn6V48dipWQkv55aCy9mJEcjUbvg6vF2vNdD6rIU/s200/o-fazendeiro-e-deus.jpgO periódico The Youth’s Instructor, de 17 de outubro de 1944, publicou a seguinte história, relacionada com a grande decepção pela qual milhares de adventistas passaram após o dia 22 de outubro de 1844:

O Sr. John Howlett tinha em sua fazenda uma grande plantação de batatas. Sua esposa Lizzie um dia lhe perguntou:

– John, você não vai colher as batatas? Já passou muito da época de colhê-las.

– Eu sei, eu sei – respondeu ele. – Mas eu não vou colher as batatas.

– Não vai colhê-las? As batatas vão apodrecer embaixo da terra, quando chegar o inverno.

– Não se preocupe, Lizzie, Jesus está para voltar. Não vamos precisar guardar batatas para o inverno. Estaremos no Céu. Também não tenho tempo de colhê-las, pois preciso proclamar a mensagem da volta de Cristo.

– Está certo, está certo – respondeu Lizzie.

A zombaria dos vizinhos de John foi ainda maior quando se constatou que havia ocorrido um erro na interpretação das profecias relacionadas com o ano de 1844. Além de ser considerado louco por não colher as batatas na época certa, John foi também chamado de pregador de uma falsa mensagem. Mas, apesar do equívoco, Deus estava com Howlett e com os demais adventistas.

Com o coração ainda angustiado pelo despontamento, John Howlett resolveu colher as batatas. Naquele ano, uma praga atingiu as batatas que estavam armazenadas nos celeiros, e os vizinhos que haviam zombado de Howlett perderam toda a colheita. As batatas que ficaram no solo, entretanto, não foram atingidas pela praga. Howlett generosamente partilhou com os vizinhos sua colheita e isso impressionou grandemente aqueles que o haviam chamado de louco. Deus cuidara de Seu filho.

Quando assisti “O Fazendeiro e Deus” (Faith Like Potatoes, 2006), lembrei-me da história de Howlett, ocorrida há mais de um século e meio. O filme conta a história real de Angus Buchan, um fazendeiro africano descendente de escoceses. Quando a situação em Zâmbia fica complicada, Buchan vende sua fazenda e se muda com a esposa e os filhos para a África do Sul. Dono de um temperamento difícil e muito estressado com a dura tarefa de transformar um pedaço de terra num local produtivo, Buchan finalmente encontra a paz no momento em que entrega a vida a Jesus. Mas não é “só” isso: ele se torna um homem cuja fé é capaz até de ressuscitar mortos; um pregador simples, porém comprometido com a missão de mostrar às pessoas que Deus é real e se importa com Seus filhos.

Para Angus, a fé tem que ser como batatas: crescem de maneira invisível debaixo da terra, mas são reais como o ar que se respira. A vida dele, como a de muitos preciosos cristãos, é a expressão prática das palavras de C. S. Lewis: "O cristianismo, se é falso, não tem nenhuma importância, e, se é verdade, tem infinita importância. O que ele não pode ser é de moderada importância."

“O Fazendeiro e Deus” é um filme tocante que mostra o quanto Deus está disposto a agir na vida daqueles que se entregam de coração, não importa onde vivam ou quão pecadores tenham sido.

Michelson Borges

Obs.: Há pelo menos uma cena duvidosa no filme. A certa altura, o pai de um menino que havia falecido sonha com o filho e o garotinho diz estar esperando por ele. O ambiente do sonho lembra muito o da nova Terra, o que fará aqueles que creem no sono da morte entenderem se tratar da promessa da ressurreição, já que o menino disse estar esperando e não vendo "lá do Céu" o pai. Os que creem na imortalidade da alma farão outra leitura: que o menino estava consciente após a morte e que o sonho era mais do que um sonho. Assista aqui a verdadeira explicação do que ocorre na morte.
Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUB99KI9-jbAumVM5oDAK1UyXWJQZbyVkar9fOMUsfErIVmxSSsuhvkuZ5HhoVN_ZI7xiCnkQSHFw1LhGAeqVG4mHjgpKmy0qg8KqQTWntNnWo0va7qxavR_ZqicVNwcq0dN-DhcvKXYo/s200/chance.jpgO filme “A Segunda Chance” (EUA, 2006) tem como um dos atores principais o famoso cantor evangélico Michael W. Smith e oferece uma boa oportunidade de reflexão sobre a necessidade de se utilizar os modernos meios de comunicação (como a TV) na pregação do evangelho, sem esquecer de que a igreja deve tocar a vida das pessoas, ir até o lar delas, abraçar, se relacionar, abrir as portas e o coração para salvar.

Smith interpreta o pastor Ethan, filho do fundador no ministério The Rock, Jeremiah Jenkins. Para Ethan, o ministério é mais como um negócio. Cantor renomado, dono de uma bela casa, um carro caríssimo e autor de um livro, ele mal faz ideia do que seja o cristianismo prático. Por isso, o pai decide que ele precisa aprender um pouco mais sobre o verdadeiro trabalho de uma igreja e do pastor.

Ethan é enviado para auxiliar a Second Chance Community Church (Igreja da Segunda Chance), ligada ao ministério The Rock. Ali ele conhece o ex-presidiário e também pastor Jake (Jeff Obafemi Carr) que luta para salvar jovens afundados no mundo das drogas e da prostituição. A Second Chance representa para a comunidade, de fato, uma segunda chance de viver dignamente.

Os dois pastores, ainda que professem a mesma fé e pertençam ao mesmo ministério, batem de frente com a visão de trabalho diferente que têm. Para fazer a obra de Deus, eles devem superar essas diferenças e aprender lições profundas sobre tolerância, amor e fé. É uma segunda chance para os ministros também.

O filme mostra o encontro de dois mundos e a relevância do evangelho para ambos.

Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKb0xTMhJIayCAsTHnL70uM70LmSWfEzcTklzirouWJLII5citBsIH5ArYR5kscArtZuqsiM7xKh6vmMxYAkj42S0qa6dg5mcRJGSf9EtRCNyTGfkI_pO-qQoiylgB-9cVqZDHatlyKUg/s200/fireproof.jpgO casamento está em vias de extinção. A cada ano, aumenta o número de divórcios no mundo. E, mesmo entre aqueles que resistem à “solução” da separação, muitos apenas se suportam, vivendo infelizes debaixo do mesmo teto. O filme “A Prova de Fogo” (Fireproof, dos mesmos produtores de “Desafiando Gigantes” e “A Virada”, já indicados aqui) toca nessa ferida, aponta os prováveis e mais comuns motivos desse problema e propõe a solução para ele.

Caleb Holt é capitão do Corpo de Bombeiros de Albany, EUA, tido como herói em sua cidade. A metáfora é evidente: ele salva pessoas quase todos os dias, mas é incapaz de salvar o próprio casamento. Percebendo a situação, o pai dele propõe um desafio antes de o casal partir para a separação. Relutante, Caleb aceita. (Detalhe: o ator principal é Kirk Cameron, que estrelou na adolescência uma série de sucesso e decidiu, depois, dedicar-se a projetos que promovessem o bem.)

A capa do DVD traz o slogan “Nunca deixe seu parceiro para trás”, que se aplica tanto para bombeiros quanto para casais. Comentários no site do filme deixaram claro que ele consegue fazer um retrato bastante preciso da triste realidade da fragmentação do matrimônio. Muita gente se sensibilizou e se identificou com a situação desesperadora do capitão Caleb e sua esposa Catherine.

O filme trata paralelamente e com certa discrição da batalha de todo homem (contra a lascívia) e de toda mulher (contra a vaidade). (Leia também: “A luta do homem e da mulher”. Com o relacionamento conjugal enfraquecido, Caleb é tentado pela pornografia na internet, enquanto Catherine começa a ceder às investidas de um jovem médico, em seu local de trabalho.

O “desafio do amor” proposto pelo pai de Caleb consiste em colocar em prática um simples programa de 40 dias no qual o cônjuge realiza pequenas atividades diárias com o objetivo de reconquistar o parceiro. Esse desafio acabou virando livro, com o título The Love Dare (O Desafio do Amor).

Quando chega à metade do desafio (lá pelo 20º dia), Caleb desanima ao perceber que nada parece estar dando certo. É aí que, mais uma vez ajudado pelo pai, ele percebe o que realmente está faltando em sua vida, e tudo muda – primeiro nele, depois na esposa. Afinal, como ensina o filme, não se pode dar aquilo que não se tem: o amor incondicional. Como e onde obtê-lo? É o grande “desafio” do filme.

Com esse tipo de amor, todo relacionamento se torna “a prova de fogo”.

Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhixvM15r745jfRtQZdQA6nvsK6NXMYo79MsfG9DBn_hv8ueZPaOLVZK1jzDfLPgZiRWNRKyuHU0ir1c6d4WUVeq1yU0HkxBmrCTjMXYTWx0RetuX7V6sLkHViZraSYVykpERD977xc7Qo/s200/teoriadetudo.jpgDeus existe? Será a ciência capaz de comprovar sua existência ou trazer mais razões para a dúvida? Doug Holloway (David de Vos) é um homem de família à beira da ruína financeira e matrimonial quando embarca numa jornada ao encontro de seu pai biológico, o Dr. Eugene Holland (Victor Lundin), cuja meta é nada menos que a maior descoberta a ser feita pela física moderna, a comprovação da Teoria de Tudo, que poderia "provar" a existência de Deus. Seu maior desafio é alcançar sua meta antes de ser privado de sua capacidade de raciocínio por causa de uma doença cerebral degenerativa. Na luta por seus objetivos, pai e filho unem forças para fortalecer a família e buscar esperanças em Deus. Uma história comovente sobre família, fé e física teórica. A Teoria de Tudo o inspirará a considerar as possibilidades.

Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpmJ5Uz2EuWGzbjUZlgnvFEqVUPU4-5E8aF8r15XOSsGXUurbH0pNs_ir132cYRmOzsTwIrfqxQY1wipzjTugRdfBxiw7qWynxdhEAVGrjXMUuDF9pEa6RP8G3FB0y6EQw9zR2Plvru_s/s200/madre+tereza.pngUma vida devotada aos pobres, aos doentes e aos esquecidos. Conhecida como "a santa dos pobres mais pobres", Inês Gonxha Bojaxhiu nasceu em Skopja, capital da atual república da Macedônia. Aos 21 anos, mudando seu nome para Teresa, ingressou em um convento de Calcutá. Onze anos mais tarde, deixaria o convento e começaria a trabalhar nos bairros mais pobres da cidade, vindo a fundar em 1946 a Congregação das Missionárias da Caridade. Seu trabalho em favor dos mais necessitados rendeu a Madre Tereza o Prêmio Nobel da Paz e o reconhecimento de seu trabalho no mundo. Neste sensível e humano filme, o diretor Fabrizio Costa mostra a dedicação, a luta e a intolerância sofrida pela missionária.


Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNtYMrKTn9_d7exQgr7c_LbUKIOjwMt8nV_Mi0jiuVtcvT4lbCHWtF_mHZc6rtEER9CY0b41TBaJfsgkdElOz7jUqLqWIwsXkkfyIipGF0V_zr5zqNo9wYmY3WAGWbAMTItvg0UkhpEUI/s200/refugio-secreto.gifCornelia Johanna Arnolda ten Boom, mais conhecida como Corrie ten Boom, nasceu em Amsterdã, na Holanda, em 15 de abril de 1892. Membro de uma família cristã reformada, sua história de amor e dedicação ao próximo, não importasse quem fosse, se tornou conhecida em todo o mundo por meio de sua autobiografia intitulada Refúgio Secreto. A família Boom ajudou a salvar judeus durante a 2ª Guerra Mundial, escondendo-os em sua casa. Por isso mesmo, os Boom acabaram sendo levados para o campo de concentração Ravensbrück, na Alemanha, sofrendo fome e maus tratos nas mãos dos nazistas.

Os anos em que passou na prisão militar se constituíram numa intensa prova de fé para Corrie. Como amar pessoas tão más? Como perdoar os seguidores de Hitler por causar tanto mal aos inocentes? A morte da irmã Betsie, companheira de todos os momentos, foi um golpe duro para sua já abalada fé e capacidade de perdoar. Mas o exemplo cristão de Betsie falou mais alto. Seu último pedido foi que Corrie contasse ao mundo que mesmo no poço mais profundo é possível contemplar o amor de Deus e passá-lo adiante.

Por um engano dos nazistas, Corrie foi solta e, desde então, vem cumprindo a vontade da irmã. Após a guerra, Corrie retornou à Holanda para estabelecer centros de reabilitação. Depois ela visitou vários países e escreveu diversos livros, entre os quais o mais famoso, Refúgio Secreto, de 1971, que acabou virando filme e é distribuído no Brasil pela Comev (a dublagem em português deixa um pouco a desejar, mas a produção é boa e a história, comovente).

Corrie morreu em 1983, aos 85 anos, na Califórnia. Mas seu exemplo de amor e humildade ainda fala alto. “O que conta não é minha capacidade, mas minha resposta à capacidade de Deus”, escreveu.


Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi267ff0sLNfYvqXrWmZwNBrXjwZkJY1QnW5HQtIPVrYC16CEkfwn4ReTYZ2Vv-JrD1jO12krkoRv-2jVX8SfWq0pcvsF0fBYdE7p7QpulVMeba1aWa3axPj_hhSrFxfqNWhTJMN1BDNglv/s200/peregrino.jpgNa semana passada, assisti com minha família ao filme "O Peregrino", adaptação do clássico romance do escritor cristão John Bunyan (1628-1688), pregador nascido em Harrowden, Elstow, Inglaterra. O livro é uma alegoria da caminhada cristã rumo à vida eterna, passando pela salvação em Cristo. Dizem que é o segundo livro mais lido depois da Bíblia. Eu o havia lido há um bom tempo e foi bom recordar seu conteúdo por meio do filme que, apesar de um pouco antigo, é fiel à obra de Bunyan. Detalhe: um dos personagens principais é o Lian Neeson ("Lista de Schindler") em início de carreira.
Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1Oe3PVjsDAWk8Tz150D_AANe5hnh-lJnNMw8ph6nldtQYC36xaxsLJKAaXui_AMvFHGitSs_s9IrBYdnujvDKBOkQCP9BLzHJPsV0aubZUHEuJp1A5151dziD9NpGSwybZdHye4GL244/s200/criaturas1.jpgA Teoria da Evolução é verdadeira? Você já teve acesso a informações suficientes para avaliar entre criação ou evolução? O Dr. Jobe Martin descreve a si mesmo como sendo originalmente um evolucionista convicto e dedicado. Um dia, porém, após a aula na faculdade, um grupo de alunos veio até sua mesa com uma dúvida e um desafio que mudariam radicalmente sua vida. Eles simplesmente perguntaram se alguma vez ele tinha examinado a fundo as "suposições" darwinistas.

O Dr. Martin ficou perplexo! Ele estudara evolução por anos e jamais percebera qualquer "suposição". Entretanto, a idéia o intrigou e ele começou a estudar algumas peculiaridades específicas da Teoria da Evolução. Imediatamente, encontrou "suposições" que nunca vira antes; era como se uma lente escura tivesse sido removida e ele pudesse até mesmo ver que as suposições, de fato, existiam. Ele logo percebeu que certos mecanismos de sobrevivência dos animais jamais poderiam ocorrer aleatoriamente — mesmo num período de bilhões de anos.

Neste documentário. o Dr. Martin não apenas abre o jogo quanto a sua conversão de darwinista em criacionista, como também apresenta exemplos impressionantes de animais que foram projetados de maneira inteligente.


Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDLUwtbsq5G92noJSYmph8oxyACUweQ0p5Rs_S1i-1cDVZ9W2qImT86V2rc-R_bndoAsGIICnGT9Qrkm1PhTcFt4pn-n4uQlcuUeoLznsCDGh-LkeO233-daw5sFuHzshycXZW62CWXVM/s200/virada2.jpgA produção é simples, a atuação de alguns atores deixa um pouco a desejar e o roteiro é bem singelo. Então, por que ver esse filme? Antes de responder à pergunta, uma consideração: as pessoas estão tão acostumadas a produções hollywoodianas milionárias carregadas de efeitos especiais e ação, que quando assistem a produções mais modestas (“A Virada” consumiu parcos 20 mil dólares) nem sempre se sentem satisfeitas em sua ânsia por entretenimento. Há filmes que devem ser vistos com outro tipo de olhar e com uma motivação que vá além do interesse no mero passatempo.

“A Virada” (“Flywheel”, no original, é uma peça essencial no motor dos automóveis) foi produzido pela Sherwood Pictures, a mesma que levou às telas o festejado “Desafiando Gigantes”. Na verdade, “A Virada” foi o primeiro filme deles, mas só agora foi lançado no Brasil. Escrito pelos irmãos Kendrick e estrelado por Alex Kendrick (o treinador Grant Taylor do filme “Desafiando Gigantes”), “A Virada” chega a ser um filme até mais convincente e se esforça para adicionar umas pitadas de bom humor na história.

Kendrick faz o papel de Jan Austin, um vendedor de carros usados que trapaceia seus clientes. Entretanto, em lugar de prosperar nos negócios, ele fica endividado, a relação com a esposa e o filho vai mal e mesmo sua vida religiosa se mostra uma farsa.

O filme segue meio monótono até certa altura, mas reserva alguns momentos surpreendentes e emocionantes mais para o fim, quando Austin percebe que sua vida pode ser diferente e que nem tudo está perdido. Que assim como o motor de um carro velho e parado pode ser consertado e posto em funcionamento com o simples virar de uma chave, sua vida também pode experimentar uma “virada” na direção da realização plena.

Por que assistir ao filme? Porque, a despeito das limitações técnicas, ele é capaz de mostrar que a fé traz sentido à vida quando permeia cada aspecto da existência; quando a religião deixa de ser um assunto de fim de semana e passa a ser um ingrediente importante do dia-a-dia.


Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6CZL0np2RxEAjqvpNw2dRULjkODUVnR7T24dbpo3ITVtJy34DIZt2Lj_NTk-wqYxzjvjVsPucR06vwJPoyZMZ2Sjjxjl4SphA3QNnU_6cTu5ijGIy-wzrKlXtX6-Rg0aodw99rZgKHBg/s200/ensinando-a-viver.jpgEm “Ensinando a Viver” (“Martian Child”, EUA, 2007), David Gordon (John Cusack) é um escritor de ficção científica que ficou viúvo recentemente e resolve adotar Dennis (Bobby Coleman), menino órfão que acredita ser um marciano em missão de exploração na Terra. Ignorando os sábios conselhos de sua irmã Liz (Joan Cusack) sobre os perigos da paternidade, e o receio da diretora do orfanato, Sophie (Sophie Okonedo), David decide ser o pai do estranho garoto que afirma ser um alienígena. Mesmo com o apoio da amiga Harlee (Amanda Peet), por quem David está cada vez mais interessado, o aspirante a pai se vê completamente perdido. Para começar, David corre o risco de perder o prazo de publicação de seu próximo livro, o que está deixando seu já nervoso agente Jeff (Oliver Platt) bastante preocupado. E ainda há o assistente social, Lefkowitz (Richard Schiff), e seu Conselho, que têm sérias dúvidas sobre a capacidade de David de ser pai. Em meio a tudo isso, Dennis apresenta um comportamento bastante esquisito, e continua a insistir que veio do planeta vermelho.

Uma série de acontecimentos inexplicáveis acaba por deixar David em dúvida sobre se a alegação do menino realmente não passa de imaginação. Mas, seja qual for a verdadeira origem desse menino notável, David se apega cada vez mais a ele e descobre o poder transformador do amor paterno. Irmãos na telona e também na vida real John e Joan Cusack já se cruzaram diversas vezes nas películas, em produções diversas.

Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKR6K96BkPZleksvCUwzjJFv27BfRU-Y6jb60DT0urcUazEwFx2lwFsbH2GU4LxHC84fEPVaTKg4yx6BlDgE4cUqpIT-2U8Ph2CaLj9p1O5RElvfEyv-XaTFE63kEsMC7icUWbtZ_YjNE/s200/porta.jpg“De Porta em Porta” (“Door to Door”, 2002, 90 min) apresenta a história verídica de Bill Porter, um vendedor de porta em porta dos Estados Unidos. Seria uma história comum, com uma pitada de nostalgia para alguns, não fosse um detalhe: Bill tem paralisia cerebral. Mas isso não o impede de lutar pela sobrevivência, e mais: pela superação e reconhecimento. Quando pede uma chance de trabalhar para uma empresa, de início ele é rejeitado por suas limitações evidentes. Porter não se dá por satisfeito e insiste: pede que lhe seja dado o bairro mais difícil da cidade. Consegue o emprego e tenta vender seus produtos, sem muito sucesso, inicialmente. A mãe, sempre presente, o incentiva a não desistir, até que ele consegue vender algo para uma mulher solitária. Daí para frente, Porter não pára mais de vender. Mas não faz apenas isso. Ele acaba tocando a vida de toda aquela comunidade, interagindo com as pessoas dali por muitos anos. Torna-se mais que um vendedor; transforma-se num amigo.

A grande lição deixada pela mãe de Porter é: “persistência e paciência”. Ele aprendeu a lição e acabou se tornando um dos maiores vendedores de sua empresa. Para os vendedores de hoje, fica a lição: entender as necessidades dos clientes, ouvir de forma interessada, quebrar preconceitos, tornar-se “amigo”. Fica também a crítica aos modernos sistemas de vendas que tratam as pessoas como objetos de quem se deve arrancar dinheiro.

Não se pode deixar de destacar também a atuação de Kyra Sedgwick, Helen Mirren e Kathy Baker, que interpretam mulheres importantes na vida de Bill e cuja atuação (assim como a de William Macy) é excelente.

Um filme comovente e inspirador.


Descrição: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPiUKvJX41H2fxOnWDI1Y1JoshlQDuxgz7ynQsqhKDYTbYUzD31d9UPASOcte9XGCQ9qIXyqP5T4syLmY0QUMYY4iQJ8eb2B9I0Fm_suLIQIZGoyKJzB3hDsl5aS0CoCI5NmbzOGvTn8I/s200/partir.jpgRob Reiner não é o típico diretor-de-aluguel hollywoodiano. Quem tem no currículo This is Spinal Tap (1984), Conta Comigo (1986) e Harry & Sally (1989) já se põe acima da média. Mas o fato é que Reiner nem faz muita diferença em Antes de Partir (The Bucket List). A comédia dramática se justifica e se apóia, independente de qualquer outra coisa, no carisma de Jack Nicholson e Morgan Freeman.

Nicholson vive Edward Cole, milionário gestor de hospitais cujo lema é um número: dois leitos por quarto, nunca menos. Freeman é Carter Chambers, um mecânico que abandonou seus sonhos de juventude quando viu que teria uma família para alimentar. Quando os dois ficam fulminantemente doentes, seus caminhos se cruzam.

E se cruzam porque, para não desonrar seu lema, Edward, o dono do hospital, acaba no mesmo quarto de Carter. O estranhamento inicial logo se transforma em apoio mútuo. Ambos têm poucos meses de vida, e só um doente terminal para entender o tipo de drama que o outro vivencia. Do nada, Edward convence Carter a fugir e botar em prática uma lista de últimos - e excêntricos - desejos antes de "baterem as botas". Nos EUA, a expressão usada nesses casos é "chutar o balde", daí o título original do filme, A Lista do Balde.

Pouco antes das filmagens, por uma funesta coincidência, Nicholson teve que ser submetido a uma intervenção cirúrgica que o deixou de molho por meses. O fato de interpretar um personagem turrão à beira da morte evidentemente transtornou o ator - e o filme se beneficia do estado de espírito indômito de Nicholson. Ele atua com um senso de urgência que enriquece o personagem, em interessante contraste com a pose sempre professoral de Freeman. ...

Em entrevistas, Reiner diz que sua intenção principal era equilibrar bem o drama da pesada premissa com algum humor, e fazer com que o sentimento não descambasse para o sentimentalismo. Nesse ponto, ele realmente sai vitorioso. Antes de Partir lembra-nos a todo instante da situação pela qual passam os dois personagens - e, principalmente, faz isso com uma dureza visual que inviabiliza o água-com-açucar.

Exemplos: a hora em que Feeeman percebe que o catéter estourou e sua camisa ficou toda suja de sangue, ou a gigantesca cicatriz na careca de Nicholson. Rob Reiner não se furta a filmar a doença em close-up; meias-palavras e esquivas, ademais, não são muito freqüentes nos filmes do diretor. O tratamento que Antes de Partir dá ao drama chega a ser estranho, como quando o personagem de Nicholson recebe, com um close-up em seus óculos refletores, a notícia de que tem poucos meses de vida. É um plano de um anti-sentimentalismo realmente estranho, absurdo até.

E dizer que um filme é estranho e absurdo, vale lembrar, conta sempre como elogio.



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